Monday, March 19, 2007

 

Totally forgot about this

Hoje era natural escrever sobre qualquer coisa intelectualmente significante. Estive a dissecar o cerebro a neuro, e à falta de conhecimento profundo sobre o assunto, divagar indolentemente acerca de questões sobre a filosofia da alma, imaterial e independente do corpo, ou intricadamente ligada ao mesmo, poderia parecer uma alternativa apetecível.
Passei a tarde de ontem a estudar bioquimica, mas a materia parece que não acaba. Encontrei um amigo no barco que me falou de campo santana... um dia normal. Cheguei a casa cansado, à noite, assim como era de noite quando saí ás seis e meia da manhã. Quando pus a chave na porta tive a impressão indolente que aquele dia não tinha acontecido. Que tinha acabado de sair de casa, que o dia ia começar agora, e que tinha caído na espiral da normalidade que torna as coisas parecidas completamente desinteressantes, ao ponto de quase deixarem de existir. E o pior é que não estava infeliz com isso. Queria viver aquele dia outra vez. Queria ter feito mil coisas que não fiz.
Não sei se relacionado com isso, sonhei contigo outra vez... Tu estavas no meu sonho. Claro que por absurdo excesso de zelo podiamos dizer quem estava no meu sonho não eras tu, mas a imagem que eu tenho de ti. Claro que tudo isto assenta na presunção que te conheço minimamente, ou que pelo menos o meu subconsciente conhece. Ou não? Será que isto é apenas o caminho mais lógico, e por isso o mais percorrido? Eu sou eu, mas no meu sonho apareço como a imagem que eu tenho de mim próprio.
Achas que as pessoas nos sonhos são elas mesmas? Tudo depende do próprio conceito do que é uma pessoa. Muita gente diria (eu diria...) que uma parte de nós é feita pelas ideias que os outros têm de nós.
Claro que não seria a maior, nem a melhor parte, senão como poderíamos dizer que não nos interessa, ou que não é importante, o que os outros pensam de nós? Mas não deixava de ser uma parte de nós. Se virmos bem, isto não é inteiramente verdade, porque senão como explicavamos o medo da rejeição?
Acho que a resposta está numa gradação progressiva. Aquilo q as pessoas que gostamos pensam acerca de nós acaba por ser importante. Assim, podemos dizer, de maneira um bocado abusiva que as pessoas de quem gostamos têm um bocado do nosso eu com elas.
Anyway, e para não te aborrecer mais, achas que eras tu no meu sonho? Gostava de acreditar que sim...

Comments:
O Tu constroi o Eu quando fecha os olhos e se lembra
que só o Tu pode criar,
que só o Tu pode ver,
o reflexo do Eu

O Tu com que sonhas é o Eu que constrois.
Se sou Eu quem está nos sonhos?Claro, se é o único Eu que vês

Para veres para lá do Eu
é preciso que o Eu e o Tu
sejam só e o mesmo um
e TEu teria que ser
 
that is the whole point. Não é uma reflexão inocente. a pergunta final tem isso nas entrelinhas... A subtileza neste caso é um refúgio um bocado pusilanime, odeio admitir.

But that is a more acurrate interpretation that i would expect from an outside by-stander...
 
You should know that outsiders have a far more accurate vision and senses than the others do.
You should expect everything from an outsider 'cause as you don´t know the outsider you cannot creat an image of it and so you cannot predict...
 
Can't argue with that. But the opposite is also true. My senses and vision follow the same path, regarding nosy outsiders.
You choose the wrong text to comment. it's an ancient one, and has a story, which means a lot to me. And does not end well.
But your interpretation was very close to my state of mind when i wrote it, a couple of years ago.

So... you're an outsider with a problem about the images people make of us, and presumptuous predictions that follow... why? do you have a blog to let it all out? Do you randomly choose blogs to read? Do i know u?
can you disclose any of this information? 'cause if you wish to remain an outsider... it's ok.
 
re-viver os dias para realmente os viver... não sei se queria. terei de pensar nisso.
 
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