Thursday, June 09, 2005

 

Os gregos rabetas e a resposta à pergunta milenar: ''Porque é que o Figo bebe cafés delta?''

Hoje quero escrever sobre uma coisa qualquer... Vá lá... uma porra qualquer.... Profunda, crítica ou mesmo só oportuna...
ughhhhh.... Não, não sai nada. A massa cinzenta tem o reservatório de ''coisas quaisquer'' completamente vazio. Qualquer coisa que dissesse nesse sentido iria acabar por ser tão profundo como o meu chuveiro (ainda menos que a banheira -ahahahahahah - gargalhadas histéricas)... Tou bloqueado. Pois. Estes bloqueios só acabam com insultos gratuitos, injustos e corrosivos. Não vamos fugir à regra...

Um dia, um filósofo da grécia antiga perguntou:''Porque é que vocês, malta estúpida que nem um pneu michelin, gostam tanto de publicidade?''. Era suposto ser uma pergunta retórica, daquelas para fazer a malta pensar, seguida de acenos cúmplices de outros filósofos respeitados, com irónicos meios sorrisos nos lábios, e talvez até uns esgares de compreensão, de people (people? Ah!) que quer tudo menos que a carapuça sirva. (a carapuça? Ah!).
Mas o filósofo tava bêbado, como já tinham notado os desgraçados que ele tinha apalpado nas escadas do partenom -os gregos são todos rabetas, está na constituição deles que têm de ser, assim como está na nossa que os tugas podem dizer mal dos gregos desde o Euro - e não se calou. Eu até vos dizia o que ele disse a seguir, mas a verdade é que tou-me a cagar pa isso. (assim como para objecções acerca da falta de apoio da literatura às citações aqui apresentadas...)

Vá lá, digam a verdade. Vocês adoram publicidade. E perguntam:''Quem é que não gosta?'', com um brilho vivo nos olhos, a dar cotoveladinhas cúmplices. E alguém responde: ''Os doidos que não gostam de ser manipulados'' Ah pois. Porque há malta que tem esse hábito parvo.
Há uns anos tinha uma professora de filosofia que dizia adorar publicidade, e eu imaginava-a a ligar a TV à noite para ver os anúncios nos intervalos dos filmes, enquanto comia pipocas com banha de porco (era gorda que nem um barril), e a parar o carro no meio da auto-estrada, para ver aquele outdoor novo da renova, lindo, que parece uma obra de arte...

E é verdade. A malta curte publicidade. Eu então adoro. Gosto de abrir revistas que me digam subtilmente que se comer becel, posso atirar frisbees na praia para o meu cão ir buscar. E de ver spots na televisão em que um puto que bebe coca-cola diz maravilhas da mãe dele. De facto, esta não percebi. Que raio tinha a coca-cola a ver com a mãe do puto? Se o puto não bebesse coca-cola, esquecia-se que a mãe era tão fixe? Ou será que na verdade a mãe dele é uma vaca escabrosa, e como lhe compra coca-cola ele é coagido a dizer bem dela? As pessoas idiotas que disserem que a coca-cola está de facto preocupada com o ambiente familiar no dia da mãe, merecem que lhes apodreça os dentes. E já agora a introdução de um imposto de ingenuidade para não sermos todos a pagar a crise.
Outras coisa ridícula são os anúncios de cosméticos. A verdade é que eles se esfalfam a falar de aloé veras, de Novadiols, de porras revitalizantes, retonificadoras, redensificadoras, mas vamos ser honestos: As pessoas que compram aquilo não fazem a mais pequena ideia do que isso quer dizer. Até podia ser carbúnculo, que se dissessem que fazia bem aos poros, a malta comprava. Assim, estes anúncios baseiam-se no desejo subconsciente de ficar parecida com a gaja boa que faz o anúncio... Que normalmente até é jeitosa.

Assim, chegamos à grande questão de hoje: Porque é que o Figo bebe cafés delta?
Vamos partir de pressupostos: 1º As pessoas não gostam de publicidade, a publicidade é que foi feita para as pessoas gostarem dela. A malta tem um papel passivo nesta relação. Um papel submisso. Diria até feminino, mas não sou assim tão parvo. 2º O Figo até comia baldes de merda se lhe pagassem bem pa isso. 3º Desde que lhe paguem bem, o Figo ta-se a cagar pa nós todos. 4º Os amigos que fazem os cafés delta até punham produtos colhidos da fossa séptica nos cafés, se tivessem a garantia que ninguém reclamava e que as vendas subissem.

Assim, a conclusão contida neste silogismo tosco é que o Figo bebe cafés delta porque lhe pagam. Mas toda a gente sabe isto... racionalmente. A verdade é que não viram o gajo a assinar os contratos, nem antes e depois do spot. Só o viram todo sorridente a dizer que gostava era de cafés delta. Alguém disse uma vez que as pessoas só sabem aquilo que lhes dizemos. Isso ainda não deixou de ser verdade. Quer seja na publicidade, na TV, nos jornais ou no parlamento.

Bioquímica here I go!! Eu gosto é de aticlimaxes.
Vivó matrix!! ;)

Sunday, June 05, 2005

 

The 25th hour (título velho para ideias velhas para caminhos novos)

‘’O que estás aqui a fazer?’’

Não sei. Ou melhor, tenho a arrogância de dar palpites. Sei que já cá estive muitas vezes, dizendo a mim próprio que estava noutro sítio qualquer. E claro, a acreditar nisso. Porque era conveniente. Porque há alturas em que não é suposto questionarmo-nos a nós próprios. Mesmo quando nos estamos a enganar, com promessas vazias e metas inatingíveis.
Sei que da última vez que cá estive prometi a mim mesmo que não ia voltar. Mas se isso é um argumento, também o é o facto dessa promessa ter sido quebrada vezes sem conta.
Falha de carácter? Ciclos viciosos? Sempre que se levanta esta perspectiva quase tétrica, há alguma coisa que se encolhe na consciência. Que se põe em posição fetal. De duas maneiras diferentes, devido à explicação alternativa apresentada.
Carácter em formação. Ah, pois. Não somos fracos, o que acontece é que precisamos de errar, para acertar. Precisamos de experimentar o errado, para distinguirmos o certo… Essa é a maior mentira de todas. Como qualquer mentira que existe para legitimar um estado de espírito envergonhado. Escrava de uma racionalização, não sabe que mais tarde ou mais cedo, vai ser desmascarada e linchada, numa operação de cosmética de suposta moratória com vista ao desenvolvimento pessoal. Mas a racionalização persiste. No meio de enganos, cortinas de fumo, com cunhas e favores subtis do subconsciente, consegue fugir no meio dos intervalos da chuva, para voltar a parasitar quando a poeira tiver assentado.

Ah, chega de parvoeira…

Sinto uma mão no ombro que não é outra senão a minha. Alguma compreensão derivada do facto reconhecido que a corrosão de estado de espírito que esta reflexão provoca, periga o melhoramento da situação real. Ai, ai…

Tenho que ir embora… O mundo real está a chamar. Aliás, já chamou. Muitas vezes. Ouvi-o chamar-me pelo meu primeiro e segundo nome, numa formalidade normalmente reservada às mães zangadas. Ouvi-o gritar vezes sem conta que era a última vez que chamava, parando por um momento, não sei se para a ameaça se infiltrar no espírito, ou simplesmente para ganhar fôlego. A verdade é que não deixa de ser uma das poucas certezas com que podemos contar. O mundo real vai chamar-nos outra vez. Até morrermos, nunca falha. Vai estar lá sempre. Desde que exista uma réstia de esperança para conduzir a sua voz, ele sabe que é nele que nós pertencemos.
E para voltarmos temos que acreditar que podemos fazer alguma coisa diferente. Temos que pegar na nossa auto estima insuflável, e colar-lhe mais um remendo. Depois temos que soprar. Mais uma vez. Temos que pegar nos sonhos que julgamos partidos e arranjar maneira de os bocados encaixarem com UHU. Temos que acreditar. Porque não conhecemos outra maneira. Independentemente das vezes que falhamos. E mesmo que a antiga crença já não se consiga instalar, temos que lhe queimar as pontas com o auto-fágico baixar de expectativas e dar o que acreditamos ter de melhor. Ao mesmo tempo que corroemos os estados de espírito envergonhados.

Por isso, grito com raiva de dentes e punhos cerrados, que não hei de voltar cá. ggrrrrrrrrrrrrrrr

Wednesday, June 01, 2005

 

Uma célula T citotóxica assassinou o joão pestana...

Temos sono.

Tamos cansados .

São três da manhã.

Quem foi o sádico que sugeriu isto?

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